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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Profissões em alta oferecem salários que chegam a R$ 10 mil em Manaus



Sendo a 4º cidade cidade mais rica do Brasil, correspondendo a 3,4% do PIB nacional e com um polo industrial com cerca de 600 empresas, Manaus sofre com a falta de profissionais da área de TI.

 
A dificuldade em encontrar profissionais qualificados, aliada à alta especialização dos que já estão no mercado de trabalho de Manaus, está valorizando alguns cargos e consequentemente os salários, que chegam a ter aumentos médios de 20%. Um levantamento apontou quais são as sete profissões consideradas ‘em alta’, com salários que vão de R$ 2 mil a R$ 10 mil. 


Um dos profissionais mais citados por especialistas é o Analista de Tecnologia da Informação e Administrador de Banco de Dados, de acordo com um levantamento feito pelo Portal D24AM junto à Tropical Recursos Humanos, à Targo Consultoria e à Associação Brasileira de Recursos Humanos no Amazonas (ABRH/AM). O salário médio desses profissionais é de R$ 4 mil mensais.

 

Outros cargos da área de tecnologia e computação como Pesquisadores,Desenvolvedores e Analistas de Sistema também são bastante demandados nas seleções e são vistos como profissões em alta, na avaliação da presidente da ABRH/AM, Ozeneide Casanova.
 A especialista cita a área de Engenharia como a que concentra o maior número de cargos demandados. Segundo ela, o mercado é bastante receptivo às especializações em Eletrônica, Mecânica, Computação e Civil. Enquanto um Engenheiro Mecânico ganha entre R$ 6 mil a R$ 7 mil, o especializado em Civil tem média salarial de R$ 10 mil.
 
A Engenharia Naval está entre as mais procuradas. “É a mais difícil de contratar e por isso a valorização chega ser em torno de 20% a mais”, salienta Casanova.

 
A carência é confirmada pelo presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Naval, Náutica, Offshore e Reparos do Amazonas (Sindnaval), Matheus Araújo, mesmo no cenário de instalação do Polo Naval, que tem investimentos previstos em mais de R$ 7 bilhões. Enquanto há apenas sete engenheiros navais no Amazonas, o necessário seria pelo menos 30, segundo Araújo. “O setor naval do Estado tem uma demanda reprimida, não temos a quantidade ideal para atender o mercado”, avalia o presidente do Sindnaval.

 
Os salários para essa área podem variar de R$ 17 mil a R$ 30 mil. O presidente do Sindnaval conta que a carência no mercado faz com que propostas altas levem esses profissionais. “Tínhamos um engenheiro naval que ganhava R$ 28 mil, fora passagens aéreas para visitar a família, hospedagem e transporte. Veio um estaleiro de Pernambuco e ofereceu R$ 40 mil mais vantagens e o levou”, conta.

 
Outro setor que, mesmo não tendo remuneração muito expressiva, tem demandado um grande número de trabalhadores é o da construção civil. Pedreiros, mestre de obras e eletricistas têm ganhos mensais que variam de R$ 2 mil a R$ 3 mil.

 
O grande número de obras e a falta de profissionais qualificados são responsáveis pelo aumento dos salários, avalia o diretor da Targo Consultoria, Carlos Oshiro. Segundo ele, as profissões que receberam mais aumentos foram as da construção. “Existem casos de pedreiros que chegam a ganhar R$ 4 mil. É a lei da oferta e procura”, analisa o especialista.

 
Os profissionais da área de Logística, que vem crescendo no Estado por conta do Polo Industrial de Manaus (PIM), também são valorizados no mercado. 

O banco de dados da Tropical Recursos Humanos aponta que, mesmo em formação de nível tecnólogo, o trabalhador em Gestão da Logística tem sido procurado por empresas do Distrito. A dificuldade em encontrar esse profissional também é grande. O salário médio é de R$ 3 mil.

 




Pesquisa

 
Uma pesquisa realizada pela empresa especializada em recrutamento, Page Personeel, levantou quais são as doze profissões em alta no mercado de São Paulo e quais obtiveram os maiores reajustes salariais nos últimos dois anos. O cargo de Administrador de Banco de Dados Júnior, com salário médio de R$ 4,7 mil, teve aumento de 90,3% em 2012 comparado a 2011.

 
Em seguida vem a função de Projetista Civil Pleno com ganhos de R$ 7,5 mil e aumento salarial de 75,8%. Os Técnicos em Edificações têm remuneração semelhante a dos projetistas e tiveram reajustes de 72,9% de 2011 para 2012. 
Em 12º e último lugar, ficou o Analista de Crédito Sênior para Seguradora que teve salário de R$ 6,5 mil e teve ganho real de 12,9%.

 
De acordo com o diretor-executivo da Page Personnel, Roberto Picino, a falta de especialistas é responsável pela valorização dessas categorias, que nos últimos anos têm registrado ganho acima da média do mercado de trabalho.

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